fanfiction PT
Gostaria de reagir a esta mensagem? Crie uma conta em poucos cliques ou inicie sessão para continuar.


Fórum para todos os escritores e leitores de fanfictions em português.
 
InícioInício  PortalPortal  Últimas imagensÚltimas imagens  ProcurarProcurar  RegistarRegistar  EntrarEntrar  

 

 The Cure- Fanfiction - cureslash - part 2

Ir para baixo 
AutorMensagem
kissmekissme
newbie.
newbie.
kissmekissme


Feminino Número de Mensagens : 6
Idade : 43
Localização : Wonderland
Eu digo : Mind the gap!
Data de inscrição : 16/08/2011

The Cure- Fanfiction - cureslash - part 2 Empty
MensagemAssunto: The Cure- Fanfiction - cureslash - part 2   The Cure- Fanfiction - cureslash - part 2 EmptyTer Ago 23, 2011 12:55 pm

Título: Quando eles descobrem os fanfictions escritos pelos fãs

Fandom:The Cure

Tipo: por capítulos

Gênero(s): slash

Pairing(s): Robert Smith & Simon Gallup

Classificação: PG- 17

Avisos: As cenas de sexo são bem explícitas, mas aparecem apenas no último capítulo. É um texto para amantes da leitura. Não contém toda a dignidade literária desejada, mas tenho certeza que, para os que gostam de ler, mesmo os que não são fãs da banda, será um bom pedaço de emoções gostosas.

Sumário: Robert e Simon, após quase vinte anos de idas e voltas (segundo outras fanfics do gênero), quando já não fazem mais amor, acabam descobrindo e lendo os contos homoeróticos dos fãs. Isso faz com que retomem a relação. Detalhe: como os personagens são homens já em idade experiente, como eu disse antes, terão um sexo bem real e natural, bastante explicito. Condenem-me, mas algumas perversões, para mim, são sempre bem vindas.

Disclaimer: Nada do que foi escrito é real (até onde sabemos). Apesar dos personagens utilizarem nomes de pessoas reais, o que vale é o jogo e a imaginação. Não possuo, obviamente, nenhum direito sobre o nome o banda ou de seus membros. Gostaria que fosse lido como literatura homoerótica (slash), independente dos nomes dos artistas que me aguçaram a imaginação.


INDO DIRETO AO PONTO

Ao chegarem à porta do quarto, a luz revelou Robert por inteiro. Não era um momento qualquer, mas Simon sabia que tinha que manter as coisas como estavam. Apesar de saber disso, quando o amigo o encarou, não pode evitar olhar. E ele viu: os traços cansados, muito amor, muito prazer, muita bebida, drogas, solidão, arrogância e por fim, sobre tudo isso, uma resignação mansa e sábia. Aquele homem ainda era belíssimo. Sentiu-se quase tonto, atordoado...

- Prepare-se... – Disse ele, num sussurro, acompanhado de um sorriso maroto que há tempos evitava contemplar. – E tem mais... – disse, enquanto caminhava para uma bagunça de folhas impressas que estavam sobre a cama – Você está metido nisso tudo... É tão interessante que achei melhor imprimir. Queria olhar para você, ver como reage à leitura. Não ia mandar por e-mail, de forma alguma...Também não esperava encontra-lo antes do próximo fim de semana, então...

Engatinhou sobre a cama, assim mesmo como estava, deitou-se de lado apoiado em um dos cotovelos, as pernas encolheram-se um pouco. Pegou o pequeno amontoado de folhas e olhou para Simon... Aquele olhar o arrepiou da cabeça aos pés. Sentiu que havia alguma coisa ali naqueles papéis, algo que iria incomodá-lo, perturbá-lo... Ficou sério, o que fez com que Robert empalidecesse um pouco. Aproximou-se, até sentir nas pernas o colchão macio, sentou-se olhando fixamente para o amigo, como a muito não fazia:

- O que é isso, Robert? O que pretende? – exasperou-se. Precisava controlar-se. O outro fechou os olhos e pousou as folhas sobre a colcha suave.

Esperou alguns segundos que pareceram horas, arrependido pelo jeito de falar, algo que evitava, que evitavam. Aquele tom de discussão, de demasiada liberdade, enfim, aquilo era intimidade, era mostrar o quanto se conheciam, entre eles nada mais conseguia ficar escondido. Adivinhavam-se. Era insuportável. Não podia ter feito aquilo. Robert abriu os olhos e os manteve baixo. Talvez tentasse, ele mesmo, controlar-se. Seria possível? Seria possível que como Simon ele também estivesse sufocado? Mantendo aparências? Seguindo regras invisíveis e necessárias? As palavras de Robert responderam a essas perguntas que Simon fez a si mesmo naquele instante...

- ... Bem... – um suspiro fez os lábios se abrirem e se fecharem, breves – Olha eu... Eu não sei o que estou fazendo. Vamos pensar em algo para comer, ou beber. É tão bom ter você aqui... Não é sempre que tenho uma visita tão agradável, não quero te chatear... E, você...

...

- Você...

- Eu? – Aquela pausa o agoniava... Como em um jogo insuportável de mesuras, de desculpas, de bons modos... E mesmo assim queria mantê-lo, o jogo. Queria que ele não dissesse coisas como “você é tão importante para mim” ou “sabe o quanto gosto de você”...

- Você deve estar mesmo querendo conversar, descansar, essas coisas... – Disse, voltando a iluminar-se, agora mais tranquilo pelo que conseguira. Sim, talvez ele também sentisse alguma coisa, não tinha certeza...

- Na verdade eu queria fumar um cigarro. Mas agora você não fuma mais, acho melhor descermos...

Robert levantou-se rápido, atravessou o quarto até uma pequena cômoda. Sobre ela, um cinzeiro e, ao lado dele, um isqueiro de prata. Simon teve certeza... Observou enquanto ele os trazia para a mesinha ao lado da cama... Ao seu lado. A visão daqueles objetos e Robert assim, tão perto, trouxeram-lhe de repente uma tristeza profunda, dessas que parecem comuns em homens de cinquenta anos, com a vida perfeita, ótima carreira e... amores não resolvidos. Sentiu-se ridículo e clichê por ter pensado tudo aquilo, enquanto Robert sentava ao seu lado. Respirou fundo.

- Lembra deles? – A voz de Robert era rouca e macia ao seu lado. Ele o olhava. Respirava quase em seu rosto... A loção pós- barba ainda deixara um rastro de cheiro bom...

Simon não conseguia fazer o mesmo. Procurou refugio para os olhos, mas sentiu-se encurralado. De um lado aquelas recordações, do outro, se olhasse para baixo teria as mãos e as coxas, as pernas do outro homem. Se olhasse para cima, teria seus olhos. Se olhasse para o teto ou para uma parede vazia, Robert o inspecionaria, sabendo que fugia. Resolveu olhar para as recordações... Doeu um pouco.

- Que bom que guardou... Melhor ainda, que não os usa, bibelôs apenas.

Fingiu um sorriso, pegou o maço de cigarros do bolso interno de sua jaqueta. Concentrou-se nessa atividade. Acendeu o cigarro com aquele caprichoso e antigo presente que dera ao amigo. Tragou reinventando: num aniversário, talvez.

- Vamos ver o que encontrou, então. O que é? Fale alguma coisa...

Robert contorceu-se, empurrando um pouco o amigo. Esticou um pouco e pegou novamente o maço de papéis... Recompôs-se.

- São contos curtos. Sem muita elegância, a maioria sem dignidade literária. Entretenimento... – Ria, deixou sair um riso curto, entrecortado por um suspiro divertido – Pega aí... Divirta-se... Vou sentar com algo mais denso ali... Avise quando não quiser ler mais nada...

Simon pegou as folhas e ajeitou-se melhor, encostou-se à cabeceira da cama, uma perna dobrada sobre ela, a outra se apoiava no chão. Olhou para Robert que lia algo, poesia, pela capa sugestiva. Estava sentado placidamente na poltrona a sua frente, um pouco distante, parecia que lia Ezra Pound – forçou os olhos: sim, era isso... Voltou-se para sua leitura. Começou a ler o primeiro. Havia notas, idade recomendada, indicava os pares e apresentava sumário. Não acreditou no que acabava de ler e sentiu que precisava ajeitar-se melhor, ou ainda, quis fugir... Não dava mais, estava encurralado naquela historinha de amor e sexo entre ele e Robert... Seguiu lendo... Até que chegou o momento em que uma cena explicita de sexo entre eles começava a se desenrolar... Seguiu por várias horas lendo. Robert parava rindo, observava divertindo-se. Era estranho como conseguia olhar para ele de repente. Cúmplices, riam. Às vezes, Robert piscava pra ele, e era doce aquilo tudo. Ou também, vez por outra, brincando como adolescente, perguntava coisas com a cara enfiada no livro, palavras soltas, travessas... “Quente?” ou “tem certeza que não quer ficar a sós com os continhos?”, “Parece que está lendo um dos altamente psicanalíticos” – dizia irônico, observando as reações do amigo e divertindo-se bastante... Até que resolveu falar sobre aquilo com Robert, sentia muita curiosidade e também estranhava o fato do quão instigado ficara, precisava falar...

- Robert...

O outro despertou, sentando com altivez e deixando descansar o livro já marcado e fechado ao seu lado na poltrona. Olhava curioso, a boca num meio sorriso divertido. Passou a mão nos cabelos e bocejou cansado, o que Simon achou estranho... Era uma coisa nova.

- Então? O que me diz? – Sua expectativa havia funcionado, Simon sentia-se a ponto de explodir de tanto rir.
E riu.

- Que... É tão... – fez um ar de crítico de arte e, num deboche brincalhão, concluiu -... Criativo! - disse, acalmando sua vontade de rir ainda mais...

- Viu, eu disse que você ia gostar... Na verdade, tive um pouco de medo, você poderia ter se ofendido... Ou ter se sentido envergonhado.

- É verdade, mas é tudo ficcional demais, imagine só! Nós dois! ... Sem falar dos outros membros da banda. Há verdadeiros bacanais aqui! – Disse, sacudindo de leve os papéis no ar.

- É mesmo... Que imaginação tem os fãs, não é? – O olhar de Robert agora era verdadeiramente ácido, seu tom era quase uma indignação velada.

Simon sentiu certa frieza na entonação de Robert e seu corpo enrijeceu-se, seco. Desviou rápido o olhar... Fugia descaradamente, já não se importava, precisava fugir.

- Olha, não temos que fazer isso... Está tudo difícil pra mim Robert...

- Humm, achei que estava difícil quando a inflamação pulmonar quase te matou. Achei que estava difícil quando Carol te deixou. Achei que havia melhorado quando disse que bastava, que queria por um fim no nosso comportamento... Como é mesmo a palavra? - Continuou em voz baixa, corroendo tudo – Você até a usou muitas vezes, talvez publicamente, referindo-se ao u-so-de-dro-gas... Lembra? Ah sim... Obsceno, as coisas obscenas que fazíamos... Pra mim, tudo parece bem...

Deitou-se para trás no sofá, confortavelmente. Elevou os braços e cruzou os dedos das mãos deixando que pousassem sobre seus cabelos desarrumados. Simon via, com o canto dos olhos. O que dizer; o que fazer... Estava com medo de encarar o que sentia, mas o real motivo de sua visita não era distrair-se, sabia disso, por que mentia para si mesmo daquela maneira? O que o incomodava, a sua depressão, o seu tédio, a flacidez do seu sexo... Tantas noites sem conseguir dar prazer para sua esposa... Eram os cigarros, talvez devesse parar, para evitar piores danos... Pensava nisso, agora procurando respostas, pensava e não se movia, não falava. Se o outro não quebrasse o silêncio, ficaria assim para sempre, para evitar explodir, algo dentro queria gritar, sair... De repente percebeu que Robert havia se levantado e caminhava em sua direção. Passou na sua frente e ele baixou o rosto, deixou os papéis caírem no chão. O outro se aproximava, deu a volta na cama, estava sentando ao seu lado, fechou os olhos, somente o peso de Robert movendo-se sobre a colcha, chegando mais perto... Cheiros, sensações... Apertou os olhos. De repente aquele rosto, aquele cheiro muito perto. Sentiu os cabelos do outro lhe roçando o rosto e a respiração quente próxima ao seu ouvido. Apoiado ao seu lado, muito junto, Robert disse em seu ouvido:

- Se eles soubessem como foi realmente... Tão calmo... – Fez um carinho com os dedos em seu rosto...

Seus olhos se encheram de lágrima e elas saiam sem que pudesse fazer nada... Inclinou-se mais, cobriu o rosto com as mãos...

- Preci..so... Tenho que ficar só, por alguns minutos, por favor – Sua voz era um sussurro... O outro o vencia sempre que queria, briguinhas a socos e regadas a bebedeiras de bar não resolveriam mais, não eram mais crianças...

– Desculpa...

Ouviu que a respiração do outro acelerava... Trêmula e nervosa... Um suspiro longo... O cheiro, o peso, o todo do outro homem se afastava. Simon não quis olhar mais... Apenas percebeu passos lentos e pesados irem se afastando, a porta do quarto fechando-se de leve...

Continua ...


Ir para o topo Ir para baixo
http://hangingselves.blogspot.com
 
The Cure- Fanfiction - cureslash - part 2
Ir para o topo 
Página 1 de 1
 Tópicos semelhantes
-
» The Cure- Fanfiction - cureslash - part 3
» The Cure- Fanfiction - cureslash, part 1.
» The Cure- Fanfiction - cureslash
» formulário para fanfiction.

Permissões neste sub-fórumNão podes responder a tópicos
fanfiction PT :: fanfiction. :: bandas-
Ir para: